Mesa redonda debate resultados das auditorias na aplicação correta de recursos

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Mesa redonda debate resultados das auditorias na aplicação correta de recursos


Especialistas destacaram como as auditorias podem auxiliar na tomada de decisões, na melhoria do atendimento e no orçamento final

 

Especialistas debateram os critérios e as polêmicas em torno da internação em UTI, durante a mesa redonda com o tema “Auditoria concorrente: quando menos é mais”.

A assessora médica da Unimed Federação Rio, Maria Renata Pinheiro; o auditor da equipe de Auditoria Concorrente da Unimed Federação Rio, Bernardo Lacerda; o consultor de Terapia Intensiva da Unimed Federação Rio, Renato Vieira Gomes; e a consultora de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal da Unimed Federação Rio, Gisella Vilela, explicaram como o entendimento entre auditores e gestores leva a decisões mais eficazes e precisas. “É importante qualificar a internação na UTI”, disse Renato.

Para a Gisella, o cuidado paliativo acontece integralmente quando há união e integração entre paciente, hospital, família, equipe multidisciplinar e a Unimed Federação Rio. “Imagina você estar com câncer terminal e ter que passar os últimos dias da sua vida longe da sua família. Será que isso é dar dignidade”, questionou Gisella.

Maria Renata destaca que, nem sempre o recurso mais caro é o melhor para o paciente e alerta ainda, por exemplo, para recursos que são disponibilizados e não são utilizados. “Isso faz muita diferença na conta final”, pontua ela, ressaltando que, dentre as conclusões da equipe, está a de que poderiam intervir em tempo real, ou seja, enquanto o paciente ainda está sendo assistido. O objetivo é distribuir melhor o benefício de maneira imediata.

Os palestrantes lembraram também as situações em que a UTI é indispensável. Renato Vieira disse que um dos critérios para esse tipo de internação é quando o paciente precisa de monitorização intensiva, pelo alto risco de precisarem de internação imediata, e sem limitação de suporte terapêutico.

As reuniões da Auditoria Concorrente da Unimed Federação Rio acontecem quinzenalmente. Bernardo Lacerda esclarece que as equipes vão aos hospitais e procuram identificar, por meio do prontuário, informações básicas. Entre elas estão se quadro clínico justifica a internação, se poderia fazer o tratamento a nível ambulatorial, qual o diagnóstico, a medicação usada e a acomodação oferecida.

De acordo com ele, com esse detalhamento é possível indicar desospitalização; confirmar, incluir ou alterar os procedimentos autorizado, além de identificar oportunidades que sejam favoráveis para o equilíbrio na relação entre paciente e instituição.

Gisella Vilela acrescentou que as reuniões permitem ainda reduzir a permanência de pacientes na UTI, porque “não vamos autorizar casos em que não há indicação”.