O atendimento centrado no paciente foi debatido com foco na facilidade do acesso à informação

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O atendimento centrado no paciente foi debatido com foco na facilidade do acesso à informação


 

A diretora de Educação em Saúde e o diretor médico da Cognos Inovação em Saúde, Rachel Zanetta e Moacyr Roberto Nobre, estiveram juntos na mesa redonda “Atendimento centrado no paciente: o olhar de todos os profissionais envolvidos”.

Com 36 anos de experiência profissional, Rachel abordou o papel do diálogo entre equipe de saúde e paciente. Ela ressaltou a importância de considerar o conhecimento coletivo e a autonomia dele.

“O processo envolve reconhecer dois especialistas dentro do consultório: o médico e o paciente, que se conhecem, conhecem a sua rotina e as suas possibilidades, inclusive financeiras”, disse Rachel.

A diretora de Educação em Saúde questionou se os médicos estão prontos para escutar os pacientes. Para ela, essa participação melhora os resultados. Rachel citou fatores que auxiliam na tomada de decisões nos tratamentos, como a opinião da família, o conhecimento dos riscos, a determinação e o otimismo, as fontes de informação, o reconhecimento de limites, e a empatia com o médico.

Moacyr Nobre propôs ao público refletir sobre como interpretamos o mundo a nossa volta. “O meu viés é a ciência. Mas se eu não conseguir sair desse viés, não conseguirei entender que tem gente que se pauta em filosofia, ou em religião, ou em outras premissas”, destacou ele.

Segundo Roberto, o surgimento de uma doença muda os valores dos indivíduos e não há como nos livrarmos das crenças. “É uma questão de sobrevivência da espécie. Um indivíduo escuta um vento e pensa que pode não ser nada, ou que pode ser algo perigoso. Sua decisão vai depender do que ele resolve acreditar”, pontuou o especialista, acrescentando que “acreditamos em muita coisa que não deveríamos”.

Na opinião dele, um problema é que médicos e pacientes costumam se apegar às tradições e rejeitam o observar e esperar. E muitas vezes, segundo ele, essa é a melhor forma de atender os interesses desse indivíduo. “Pedir vários exames na primeira consulta ao invés de observar a possível motivação para um sintoma pode não ser a melhor decisão”, afirma o profissional.